Autoridades de todo o Brasil foram convidados para participar nesta manhã do dia 11 de outubro, do lançamento da Pedra Fundamental da ampliação do Centro de Saberes Tenetehar Tukàn, no município de Amarante do Maranhão.
A cerimônia de lançamento do projeto contou com a participação da comunidade indígena de diversas etnias, da Ministra de Estado dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do governador Carlos Brandão, secretário Jovane Melo, Nelinha do Babaçu, Rodrigo Fleury, ambos, também, parceiros do projeto, imprensa e sociedade em geral.
José Jorge Leite Soares, diretor de relações institucionais do grupo Equatorial Energia, falou sobre a importância de apoiar o lançamento desta etapa inicial – o projeto tem o apoio da Equatorial Energia e da Fribal, através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Maranhão.
O Instituto Tenetehar Tukàn foi fundado em 2019, ele atua em defesa da Amazônia e foi idealizado pelo cacique e liderança indígena da Terra Indígena (TI) Araribóia. O objetivo do Centro de Saberes Tenetethar é trabalhar com educação Indígena bilíngue, em Tupi e português para crianças, jovens e adultos.
Os indígenas terão um espaço para fortalecer ações que promovam a educação, saúde, cultura, produção agrícola e preservação ambiental, voltadas à integração e autonomia dos povos indígenas da TI Araribóia. Importante ressaltar que o instituto será comandado pelos próprios indígenas.
Ezequiel fala que é um momento histórico para eles. A pedido de Jovane, deu boas-vindas aos convidados, em sua língua indígena.
O Centro de Saberes Tenetehar promoverá cursos técnicos, com certificação em parceria com parceiros das Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), instituições, públicas e privadas.
Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), a região Araribóia é o segundo maior território indígena do Maranhão, contando com cerca de 160 aldeias na região. E segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região abrigava mais de 10 mil indígenas até o ano passado, número esse que tem crescido.
Diálogo, parceria, modos de vida, lançamento da pedra fundamental convergem para o Instituto torna-se uma universidade dentro da terra indígena Araribóia, localizada na amazônia maranhense.
“Antes de estar secretário, sou um professor. E com esse sentimento que concordo que a educação de nível superior precisa ser construída a partir dos indígenas. Os povos indígenas ao permanecer em suas terras com direito à educação, nós que somos contemplados, a sociedade científica depende da cultura, do modo de viver, a experiência comunitária, dos saberes dos povos originários”. – Comentário de Jovane Melo